Artista do Mês de Junho – Joel Dantas

Pintor, desenhista e ilustrador, Joel Dantas nasceu o dia 17 de julho de 1950, às margens do Rio São Francisco, em Pilão Arcado, no alto sertão baiano, e com quatro anos de idade veio com os pais, residir no Povoado Marcação, município de Rosário do Catete/SE. Transferiu-se com a família para Aracaju, quando tinha cerca de oito anos de idade, cidade onde estudou e se formou em Licenciatura em Geografia, em 1978. Em Aracaju, iniciou-se no universo artístico e consolidou a sua carreira artística, razão pela qual se considera artista sergipano. Em 2008, concluiu o curso de pós-graduação em Artes Visuais, latu sensu, na Universidade Federal de Sergipe.

Desde criança já era manifesta a sua vocação para o desenho. Em 1958, surgem os seus primeiros trabalhos. Eram desenhos feitos em pedaços de papel, nas paredes e nas calçadas. Em 1966, participou da primeira exposição coletiva, só com jovens artistas, na Galeria de Arte Álvaro Santos, em Aracaju/SE, patrocinada pela JOVREU. Artista sergipano que se destaca pela sua marcante produção voltada para os aspectos culturais de sua terra, notadamente, as celebrações multifacetadas do “ciclo junino”.

Joel Dantas já realizou diversas exposições em distintos rincões do Brasil. Em 1999 e 2004, respectivamente, ganhou o 2º e 1º lugares nas Gincanas de Pintura do 28º Batalhão de Caçadores do Exército Brasileiro. Em 2004, fez a ilustração da capa do livro “Ópera do Silêncio”, de Carlos Ayres Britto, fazendo, também, o texto de orelha, “O Emblema”, da contracapa de fundo do referido livro. Em 2007, logrou o 1º lugar na categoria pintura, na III Mostra Experimental de Artes Visuais da Universidade Federal de Sergipe – UFS. 

Sua pintura, essencialmente de cunho regionalista, retrata o cotidiano e os costumes do sertanejo, cenas rurais e urbanas, os vaqueiros e as caboclas, os tocadores de pífanos e zabumbas; manifestações folclóricas e festas populares, notadamente, as do ciclo junino, da pirotecnia, dos bacamarteiros, dos lançadores de “espadas” e “busca-pés”, das bandas de pífano, das danças e quadrilhas, lambe-sujos, caboclinhos, São Gonçalo, etc. Fazem parte, ainda, de sua rica produção artística, retratos a óleo e a grafite.

Mário Britto

Última atualização: 03/06/2015 11:26.